Prosa participa de campanha sobre saberes indígenas e do campo

11/08/2021 13:44

A ação é fruto de parceria com o Portal Catarinas, mídia independente com foco em direitos humanos, gênero e feminismos

A convivência harmônica com a natureza que nos cerca é apontada como um dos grandes desafios de nosso tempo, dela dependem a sobrevivência dos rios e mares, dos animais e da humanidade. A convite do Portal Catarinas, o Prosa participou de uma ação colaborativa que une tecnologia, comunicação e educação para narrar um futuro de esperança através das histórias e práticas agroecológicas de mulheres indígenas e camponesas em suas comunidades. Como fruto da parceira, no mês de agosto ocorre o lançamento da campanha “Mulheres Semeando a Vida”.

Confira o teaser da campanha:

 

O Prosa colaborou com o Catarinas na pesquisa que deu base a campanha e também na produção de conteúdo em diferentes formatos, voltados para o meio digital – material gráfico e ilustrações para redes sociais, vídeos e podcast. 

“O Grupo Prosa é transdisciplinar, temos pessoas de diferentes áreas, como: educação, designer, cinema, computação. E o sentido da existência do Prosa é justamente contribuir com a realização de projetos engajados com sujeitos vítimas do sistema de totalidade injusta, ou seja, projetos engajados com a transformação da realidade. Então, o Mulheres Semeando a Vida tem uma relação muito estreita com o nosso objetivo. O próprio Catarinas também, pois fica muito claro seu enfoque na luta por justiça de gênero. Enxergo que essa união entre educação, tecnologia e comunicação é muito potente para a transformação que sonhamos”, contextualiza Elizandro Maurício Brick, professor da UFSC e coordenador do Prosa. 

Durante dois meses, a equipe do Prosa e do Catarinas entrevistou mulheres indígenas e camponesas de distintas regiões geográficas. São elas: Geovana Castelo Branco, mulher do campo de 50 anos que vive em um assentamento da Reforma Agrária no Acre; Maria Madalena dos Santos, a Nina, quilombola de mais de 70 anos que vive no interior da Bahia; Justina Inês Cima, 65 anos; e Noeli Welter Taborda, 40 anos, mulheres do campo do Oeste de Santa Catarina. As quatro são do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) . 

Também foram entrevistadas Kerexu Yxapyry, mulher indígena Mbyá-Guarani, de 41 anos, da Terra Indígena Morro dos Cavalos, em Palhoça (SC); e Geni Núñez, de 30 anos, indígena Guarani, de Florianópolis (SC).  A ação recebeu consultoria do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) e da Comissão Guarani Yvyrupa (CGY). 

“A ideia da campanha é narrar as histórias de mulheres que no presente já estão organizadas na luta coletiva para construir as sociedades que sonham. Para nós, saber que existem mulheres por todos os cantos do Brasil construindo ações belíssimas em seus territórios e comunidades foi acalanto. Um chamado para permanecer no ativismo: sonhando e construindo. Nosso desejo é que isso chegue ao público também. Cada peça da campanha, de certa forma, também tem esse objetivo: esperançar”, explica Inara Fonseca, jornalista do Portal Catarinas e coordenadora do projeto. 

 

Ações da Campanha

Ao longo do mês de agosto, é possível acompanhar no site do Portal Catarinas e em suas redes sociais a divulgação: da série com três episódios “Mulheres Semeando a Vida” em formato de podcast; das entrevistas com todas as mulheres;  e do vídeo final. 

No primeiro episódio, “Guardiãs das Sementes e das Florestas”, do podcast Geni, Geovana, Justina, Kerexu, Nina, Noeli contam um pouco sobre si mesmas e os motivos que as levaram a se reconhecerem como guardiãs das sementes e das florestas.

“Nos consideramos guardiãs das sementes, guardiãs das florestas, porque a gente tem o maior respeito pela nossa Mãe Terra, pela água, pela semente, porque como a gente sempre fala: nós não queimamos, não desmatamos, a gente procura produzir de uma maneira agroecológica, sem agredir o meio ambiente, a gente costuma preservar a água que tem lá naquela localidade. Então, nós somos sim, guardiãs das sementes e da floresta também”, explica Geovana Castelo Branco/MMC Acre.

Confira o primeiro episódio do podcastclicando aqui.

No segundo episódio, “Sementes de resistência: criando outros mundos possíveis hoje”, Geni, Geovana, Justina, Kerexu, Nina, Noeli contam histórias do trabalho cotidiano que têm desenvolvido na construção do Bem Viver (concepção de vida proveniente das vivências ancestrais dos povos indígenas). Já o terceiro episódio, “Bem Viver e Agroecologia”, explora os conceitos, a partir das perspectivas das mulheres entrevistadas, como proposta para construção de uma sociedade com justiça de gênero, ambiental e social. 

Confira o segundo episódio do podcastclicando aqui.

A campanha “Mulheres Semeando a Vida” faz parte do projeto Narrando a Utopia, uma iniciativa de Puentes para imaginar um futuro feminista, interseccional e inspirador.

 

Tags: mulheres camponesasmulheres indígenasmulheres semeando a vidasaberes do camposaberes indígenas

Sejam bem-vindos/as!

19/06/2021 12:03

Olá!

Sejam bem-vindos/as ao Prosa – Grupo de Pesquisa em Educação e Tecnologia Ético-Crítica, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Atualmente, o Prosa é composto por um grupo multidisciplinar de pesquisadores/as, estudantes de doutorado, mestrado e graduação. Além de contar com membros de outras instituições.

O Prosa realiza a sistematização crítica dos conhecimentos e práticas gerados da convergência de “dis-tintas” áreas a partir da articulação entre tecnologia e educação na realização de projetos de extensão, ensino e pesquisa ético-criticamente engajados com as “vítimas do sistema de totalidade vigente”.

 

 

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