Projeto Trajetórias Escolares: Desigualdades e Diversidades (2017-2018)

Trajetórias Escolares, Desigualdades e Diversidade – 2017 a 2018

 

A Plataforma Trajetórias Escolares, Desigualdades e Diversidades é composta de trilhas e materiais formativos que podem subsidiar e orientar ações de formação voltadas aos profissionais da educação que atuam em contextos escolares. 

O projeto foi desenvolvido entre março de 2017 e dezembro de 2018, pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI/MEC), do Ministério da Educação e executado pelo Laboratório de Novas Tecnologias (Lantec) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

A Plataforma é destinada a professores da educação básica, e gestores do Programa Bolsa Família (PBF). Seu principal objetivo é contribuir com a reflexão, a discussão e o enfrentamento dos principais fatores que têm dificultado o acesso, a permanência e a conclusão dos estudos em idade adequada, de crianças e adolescentes em situação de pobreza e extrema pobreza por todo o país beneficiários do Programa Bolsa Família.  A principal função da Plataforma Trajetórias é ser um espaço que dê visibilidade às capacidades institucionais que estão ao alcance dos profissionais da educação.

Dentre os produtos desse projeto destacamos os seguintes:

 

1) Plataforma Trajetórias Escolares: Desigualdades e Diversidades:  

 

A Plataforma Plataforma Trajetórias Escolares, Desigualdades e Diversidades fornece acesso a trilhas e materiais formativos que podem subsidiar e orientar ações de formação voltadas aos profissionais da educação que atuam em contextos escolares. 

Foi desenvolvido entre março de 2017 a dezembro de 2018, pelo Laboratório de Novas Tecnologias (Lantec) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em parceria com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI/MEC), do Ministério da Educação. 

 

2) Livro relato sobre o processo de produção coletiva dos materiais formativos:

 

O livro relato é resultado da organização de relatos e reflexões coletivas sobre o que foi a experiência de construção da Plataforma Trajetórias Escolares, Desigualdades e Diversidades, resultado da parceria entre a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI/MEC) e o Laboratório de Novas Tecnologias (Lantec/ UFSC), entre março de 2017 e dezembro de 2018. 

A intenção, neste relatório, é mostrar quais eram os objetivos do projeto e quais trajetórias foram percorridas para alcançá-los. A execução do projeto desenvolvido envolveu dezenas de profissionais de várias áreas, espalhados pelo Brasil, que tiveram diferentes papéis nas etapas necessárias para sua conclusão.

 

3) Encaminhamentos para situações relacionada a baixa frequência:

 

Compreendendo que os motivos levam os estudantes vinculados ao Programa Bolsa Família(PBF) a não obter a frequência escolar mínima exigida tem origem ligada às condições socioeconômica, a iniciativa Trajetórias Escolares estabeleceu uma série de encaminhamentos que possam colaborar para ações de intervenção sobre as realidades das famílias beneficiárias do Bolsa Família. 

Estes encaminhamentos e fluxos se articulam em diferentes níveis: intraescolar e extraescolar. A perspectiava intraescolar está relacionada ao acompanhamento pedagógico oferecido pela instituição escolar, a partir do seu Projeto Político Pedagógico (PPP), da sua compreensão do PBF e do conhecimento da realidade social e escolar do estudante. 

Já o nível extraescolar refere-se ao acompanhamento socioassistencial ofertado pelos serviços estatais vinculados a políticas públicas específicas, como os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e os Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS). Os encaminhamentos da iniciativa Trajetórias estão fundamentados em quatro verbos: identificar, conhecer, encaminhar e acompanhar.

A partir da constatação de baixa frequência do estudante, é preciso a identificação do motivo da infrequência escolar. Sendo a pobreza um fenômeno complexo e multidimensional, a identificação só será possível através do conhecimento dos contextos nos quais a criança e/ou o(a) adolescente está inserido. 

Após identificação e conhecimento, é possível, então, encaminhar ações de forma integral e integrada na perspectiva da intersetorialidade, através dos serviços socioassistenciais oferecidos pelas políticas públicas disponíveis na localidade. Os encaminhamentos devem ser feitos com base na articulação entre os acompanhamentos pedagógicos e socioassistenciais. Assim, a instituição escolar poderá acompanhar as trajetórias escolares de crianças e adolescentes de maneira qualificada.

Saiba mais sobre a concepção dos “Encaminhamentos para situações relacionada a baixa frequência” clicando aqui

A seguir, acesse os materiais preparado para os 17 motivos de baixa frequência com encaminhamentos construídos pela iniciativa Trajetórias: 

  • Tratamento de doença e de atenção à saúde do(a) aluno(a) (Motivo 1) – Ao constatar que o estudante não obteve frequência escolar por questões de saúde, o que a escola pode fazer? Para saber mais, clique aqui.
  • Doença na família/ Óbito na família / Óbito do estudante (Motivo 2) – Neste caso, como a escola pode lidar com a situação? Para saber mais, clique aqui.
  • Suspensão escolar (Motivo 7) – Em caso de suspensão escolar, quais procedimentos a escola precisaria adotar? Para saber mais, clique aqui. 
  • Preconceito/Discriminação no ambiente escolar/Bullying (Motivo 11) – As violências no ambiente escolar muitas vezes são naturalizadas, vistas como “brincadeiras” ou “piadas”. O que pode fazer a escola diante dessas situações? Para saber mais, clique aqui.
  • Gravidez (Motivo 51) – A gravidez também pode ser um motivo de baixa frequência escolar. Como a escola pode lidar com essa situação? Para saber mais, clique aqui
  • Situação de rua (Motivo 52) – Esta é uma situação de alto risco e vulnerabilidade e exige ação imediata e efetiva por parte de todos(as) os(as) gestores(as) públicos(as) que tiverem conhecimento do fato. Como a escola pode proceder nesses casos? Para saber mais, clique aqui
  • Negligência dos pais ou responsáveis (Motivo 53) – A incidência de negligência dos pais ou responsáveis também é um dos motivos de baixa frequência escolar. Para saber mais, clique aqui
  • Trabalho infantil (Motivo 54) – O trabalho infantil é um elemento presente na vida de diversas famílias em situação de pobreza, na maioria das vezes são atividades informais, de difícil fiscalização, como trabalho rural ou doméstico. Ao constatar a baixa frequência escolar devido ao trabalho infantil, o que a escola pode fazer? Para saber mais, clique aqui.
  • Violência/Agressividade no ambiente escolar (Motivo 60) – Em situações concretas de violência física entre estudantes, qual papel da escola e quais encaminhamentos podem ser feitos para além da escola? Para saber mais, clique aqui
  • Trabalho do jovem (Motivo 62) – A baixa frequência escolar motivada pelo trabalho do jovem também é recorrente. Para saber mais, clique aqui.  
  • Exploração/abuso sexual (Motivo 63) – Ao observar indícios de exploração/abuso sexual, tais como sinais como marcas físicas ou mudanças de comportamento social e emocional, como os profissionais da escola podem agir? Para saber mais, clique aqui
  • Abandono escolar/Desistência (Motivo 65) – Em caso de abandono ou desistência o que a escola pode fazer ? Para saber mais, clique aqui.  
  • Questões sociais, educacionais e/ou familiares (Motivo 68)  – Questões como separação dos pais; necessidade de cuidar de familiares (idoso, criança, pessoa com deficiência); casamento do(a) estudante(a); entre outros, podem afetar diretamente a frequência escolar. É fundamental que a escola reconhece seu papel diante dessa situação. Para saber mais, clique aqui
  • Aluno PCD (pessoa com deficiência) sem apoio/estimulação para permanecer na escola (Motivo 68h) – No ambiente escolar, como lidar com essa situação? Para saber mais, clique aqui
  • Envolvimento com drogas ou atos infracionais (Motivo 70) – O envolvimento dos alunos com drogas e atos infracionais constitui uma temática complexa que exige da escola abordagens conscientes sobre seus efeitos e suas possíveis consequências. Para saber mais, clique aqui.  
  • Violência Doméstica (Motivo 71) – Na escola muitas vezes é possível identificar a ocorrência da violência doméstica, ao observar marcas físicas ou mudanças de  comportamento social e/ou emocional o que pode a escola fazer? Para saber mais, clique aqui. 
  • Beneficiário(a) sem vínculo/matrícula escolar foi encontrado(a), mas não quer mais estudar (Motivo 72) – Ao constatar situação de crianças e adolescentes, na faixa etária de 6 a 17 anos de idade (em idade escolar), e de famílias participantes do Programa Bolsa Família (PBF) identificados pelos sistemas de ensino na situação sem matrícula nas instituições escolares, o que a escola precisa fazer? Para saber mais, clique aqui

 

 

4) Materiais pedagógicos digitais desenvolvidos numa perspectiva de autoformação:

 

• Sujeitos, diversidades e direitos

• Saberes, práticas pedagógicas e currículos 

• Educação e Diversidades: experiências exitosas

• Violências nas trajetórias escolares

• Trabalho infantil

• Trajetórias de crianças e adolescentes com deficiência e dificuldades de acesso à educação escolar

• Prevenção ao uso de drogas em território educativo

• Educação sexual e gravidez na adolescência

• Atenção integral à saúde de crianças e de adolescentes em situação de pobreza

• Educação Escolar e Vínculos Familiares

• Família, escola e situações de vulnerabilidade socioeducacional

• Educação escolar, comunidade e territórios educativos